terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Casamento e luta pela Adopção



Hoje em dia vivemos numa sociedade onde ser homossexual começa a ser mais vulgar, mas onde ainda não há aceitação por parte da população,que em crise, tem tendência para menosprezar as minorias como diz António Serzedelo,lider da Opus Gay, dando importância ás prioridades como a ecónomia.
Passando a dar agora a minha opinião acho que é incorrecto que assim sejam tomadas as decisões, pois grande parte dessas mesmas minorias estão incluidas nessas prioridades.
A sociedade não está minimamente preparada para aceitar a fuga ao casamento tradicional, onde homem e mulher trocam juras de amor, por vezes falsas, mas ainda assim juras de amor eterno. Se esses casais têm esse direito e se segundo a Constituição, somos todos iguais em direitos perante a lei, porque é que um casal homossexual não pode ter esse mesmo direito? E é por esses direitos que a Opus Gay luta diariamente, felicitando a moçao de José Socrates, acrescentando ainda assim que se exclua a adopção dessa mesma moção.
Os Homossexuais têm que lutar pelos seus direitos, porque eles assim os têm, mas com cautela e passo a passo pois a legislação do casamento Gay e a adopção ao mesmo tempo poderia ser contraprucedente. Há que lutar contra a homofobia;há que deixar que homossexuais troquem juras de amor; que adoptem uma criança e que lhe dêem todo o amor que esta precisa e necessita, pois voltando á constituição, segundo o Art. 36º" Todos têm direito de constituir familia". Parece que a sociedade não é de seguir Leis, o que é pena. Contudo os Homossexuais não devem NUNCA baixar os braços.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1074332

sábado, 5 de dezembro de 2009

O regresso do fascismo a Itália

"Mussolini nunca matou ninguem. Apenas enviou os oponentes de férias."
Roma, 2 de Dezembro de 2006. 2 milhões de pessoas na rua. O som de fundo são gritos contra Romano Prodi, primeiro-ministro italiano na altura. Os gritos calam-se, e sobe ao palco um senhor "sorridente, cabelo postiço, sapatos de salto alto". Quem? Berlusconi, e a sua nova "contratação": Alessandra Mussolini, neta do ditador italiano, que gere um grupo onde figuram personalidades que afirmam que o Holocausto não existiu e que Hitler foi um grande estadista.
Berlusconi, esse, sorridente acena uma bandeira da Chama Tricolor (um grupo neofascista, por coincidência...) legitimando-se por um punhado de votos. Punhado de votos da extrema direita, que garantem a vitória a Berlusconi, e que guardam uma percentagem "confortavel" de lugares no parlamento. Este é o ponto de partida para uma historia de racismo, xenefobia, discriminação e ódio ao outro por ser "diferente" que tem como actor principal Giancarlo Gentilini e como ponto de partida o assassinato, em Verona (presidida por Gentilini, e depois por Flavio Tosi), de um estudante que se recusou a dar um cigarro a um grupo de jovens neofascistas.
Tanto Gentilini e Tosi são figuras ilustres em Itália. O primeiro, orgulha-se de ter feito desaparecer arrumadores, mendigos, e falsos vendedores, e afirma não ser Xenófobo, mas odiar ciganos, prostitutas e burlões. O segundo, orgulha-se de ter expulsado os ciganos de Verona, por perturbarem a beleza do centro da cidade.
Ciganos estes que sofreram uma perseguisão, tal qual Hitler e os Judeus, com direito a censo da população cigana, destruição de comercio e barracas, condenações judiciais sem provas, placas a dizer "Rom" (nome "verdadeiro" da etnia cigana), entre outros, que reduziu o numero de ciganos para 35 mil, dos 165 mil de 2008. Gentilini, esse, deitou mais achas para a fogueira: lançou uma "limpeza étnica de maricas"... Tudo isto perante a indiferença europeia...
Berlusconi decidiu fazer algo mais: legalizar patrulhas de cidadãos, denominadas de justiça "fai da te" (justiça fazes tu). Mais uma vez, Gentilini vem dizer das suas: "Bastava-lhes encontrar alguem com cabelo comprido que atacavam-no à pancada. Quem não se veste como nós, não come o mesmo, não fala com o nosso sotaque, ofende o decoro da cidade." Sempre oportuno este sujeito. Talvez isto suceda em Itália porque não existiu um "julgamento de nuremberga" para o fascismo.
Não quero terminar esta noticia sem antes repudiar o facto desta discriminação a ciganos, estrangeiros, homosexuais e todas os grupos de pessoas "diferentes", mas que não deixam de ser humanos, acontecerem, perante uma Europa cega.
A Itália não é só Roma, Pavarotti e Vaticano. Esta ameaça é real, e é necessário, antes de tudo, apercebermo-nos que pode-se alastrar ao resto da Europa. Mas receio que só nos apercebamos quando já for tarde demais...