terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O futuro ditador


Embora este assunto não esteja directamente relacionado com a actual matéria da Ciência Política, não podia deixar de partilhar isto convosco.

UM ATENTADO À DEMOCRACIA - leiam mesmo!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Debatendo: Esquerda - Direita



Marcado com bastante antecedência, foi no segundo dia de aulas de 2010 que fizemos o debate, provavelmente o nosso primeiro debate, Esquerda – Direita.

Apesar de um pouco “esquecido” por parte dos alunos (as férias têm destas coisas) e algumas dúvidas sobre como se iriam abordar certos e determinados temas relacionando-os com as duas posições (Esquerda - Direita), acabamos por nos surpreender, pela positiva, uns aos outros.

Quando entrámos na sala, já o professor tinha tido a amabilidade de a arrumar de acordo com o que se iria passar, escrevendo, até, no quadro, ESQUERDA e DIREITA para sabermos ao certo onde nos situar. Embora algumas dúvidas quanto ao seu posicionamento (nem todos, mas falando no geral), os alunos foram-se sentando de acordo com a sua escolha.

Assim, após a nossa acomodação, o professor fez uma introdução, lembrando-nos, também ao longo de todo o debate, de palavras que não podiam faltar: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE. E foi nas mesmas que o debate se centrou, relacionando-as, como já referido, com as posições tomadas.

Foi depois da introdução feita pelo professor que se iniciou o debate propriamente dito.
Inicialmente, a questão chamava-se LIBERDADE e o significado da mesma. Para a Direita, falou-se de liberdade de iniciativa em termos económicos, essencialmente. A esquerda demonstrou-se um pouco mais ambígua (não no mau sentido), defendendo a liberdade de expressão com maior interesse.

Em seguida, e como consta na ordem, falou-se na IGUALDADE e no papel da mesma e importância para as duas alas opostas. Focando principalmente o Trabalho, as oportunidades e desenvolvimento do mesmo, a Direita demonstrou um posicionamento mais centrada no mérito e no desenvolvimento do mesmo, enquanto a Esquerda, procurando de forma intrínseca, refutar e demonstrar que no trabalho não é apenas o mérito que convém, mas que, também, existem factores condicionantes do mesmo, nomeadamente, sociais.

Quando se chegou à última palavra que não podia ficar em falta, FRATERNIDADE, apesar de se perder um pouco a atenção, discutiu-se essencialmente a segurança social e o papel do Estado na mesma.

Atingindo alguns pequenos focos de distracção, o debate desenvolveu-se com seriedade e interesse, sendo concluído somente na aula seguinte. O interesse crescia de acordo com o alargar da polémica em torno de cada tema. Assuntos como, por exemplo, Economia, Trabalho, Justiça, Obras Públicas e Comunicação, Saúde e Educação foram alvo de discussão entre os alunos, não esquecendo, acordando com as posições, a importância do Estado nos mesmos e as constantes defesas de um Estado Social, por parte dos esquerdistas, e um Estado Mínimo ou com peso minoritário, pela oposição da direita.

Apesar da diferença entre as duas posições, fim ao cabo, através de métodos diferentes, ambas procuram o mesmo. O equilíbrio social, económico, político e por aí além. Afinal, o que o Homem, “animal político”, deseja acima de tudo é o seu bem-estar e dos que o rodeiam. Nós, “pequenos homens e mulheres”, temos mais do que consciência que nenhum extremismo nos poderá oferecer o que mais desejamos, sabemos que as duas orientações estão cada vez mais próximas, afinal, e com todas as demonstrações históricas que já tivemos, o desejo é cada vez mais o mesmo, pelo menos existe um que ninguém se esquece, Paz.




Regina Morais 12ºE

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Portugal está à beira da irrelevância, talvez do desaparecimento"


Link da entrevista:




  • Haverá igualdade de justiça em Portugal?

  • Estará Portugal à beira do desaparecimento, como sugere António Barreto?

  • Somos ou não um país dependente?

  • Serão os Portugueses medíocres ao ponto de ambicionarem algo que não conseguem obter?

Reflexão

A entrevista mais do que promover a FFMS (Fundação Francisco Manuel dos Santos) e mostrar o tipo de trabalho que é realizado, é também, a visão geral de António Barreto sobre Portugal. Em certos momentos é um pouco exagerada e derrotista, porque se analisarmos a nossa história Portugal sempre conseguimos superar as crises por que passamos.

No entanto António tem razão quando refere que “nós” temos personalidade a mais, somos um país que vive nas sombras do passado e sofre pelas conquistas que teve e já não tem, tornamo-nos assim numa sociedade complexa, segundo António Barreto. Mas essa não é o nosso único problema, a questão da literacia é bem mais preocupante, apesar de nos últimos 30 anos se ter feito um esforço para combater o problema do analfabetismo,sendo bem sucedido mas deixa – nos muito atrás dos outros países. A maioria dos portugueses lê pouco e quando o faz o tipo de leitura é irrelevante e insignificante.

Descata-se também a questão da justiça, pois deixamos de confiar à que mudar e voltar a fazer com os portugueses voltem a ter confiança na justiça. Esta entrevista é também uma forma de alertar os jovens para a mudança, a renovação porque o futuro do nosso país não está nos nossos antepasados nem nos nossos feitos gloriosos, está sim no presente nas atitudes que hoje em dia tomamos e isso é preocupante , porque se analisarmos a nossa actual situação é muito complicada, deparamo-nos hoje em dia com uma crise de valores, uma falta de civismo e de normas que podem prejudicar o futuro do nosso país. Será sim importante alertar os portugueses quanto aos passos correctos a tomar para modificar a nossa actual situação, a nível economico, social, judicial, etc..


É importante que mudemos a nossa maneira de encarar a vida, deixarmos de ser tão ambiciosos, pois é sinal de mediocridade como refere António Barreto. Temos de deixar de querer o máximo, mas sim passarmos a trabalhar para atingir o máximo, é necessário termos organização, capital, experiência e treino.

Guantanamo Bay

Como seres humanos do século XXI que somos(cidadãos só aos 18 malta) temos o prazer, embora pouco valorizado, de viver numa sociedade que anseia loucamente por ser perfeita. É a nossa sociedade que tão alto apregoa o direito à igualdade, à liberdade a todos os níveis e à busca livre pela felicidade; é a nossa sociedade que tão orgulhosamente veste as causas e as pretensões das minorias, fazendo com que cada um de nós, habitantes desta pequena caixinha cor de rosa, se sinta em êxtase contínuo e sem incómodos de maior que possam borrar este quadro tão idílico e...azul.


Contudo esta sociedade é simultâneamente a autora de um dos maiores atentados aos Direitos que defende afincadamente, a Prisão de Guantanamo, para muitos e principalmente para os seus "hóspedes", a reencarnação perfeita do Inferno bíblico no Mundo actual.


Esta Prisão conta actualmente com centenas de prisioneiros, variando a sua idade entre os 14 e os 60 anos, recebe prisioneiros de todos os cantos do Mundo com a única semelhança de chamarem Alá a Deus e de rezarem cinco vezes ao dia virados para Meca. Prisioneiros que são arrancados dos seus lares, algemados e vendados, e transportados em aviões militares secretos que atravessam a Europa em direcção a Cuba, onde se encontra o seu novo lar por tempo indeterminado, basicamente pelo tempo que os seus captores quiserem, já que não se encontram ao abrigo de nenhuma Lei pois a Constituição norte-americana não se aplica em bases militares e a Convenção de Genebra, criada para proteger os prisioneiros de guerra, também não se aplica nos chamados "terroristas" que não fazem parte de nenhum exército regular que proteja qualquer Estado.


Bastante engenhosa esta habilidade burocrática que permite que centenas de seres humanos sejam diariamente espancadados, eletrocutados, torturados com técnicas que fazem lembrar a Idade Média como o afogamento simulado, sejam mantidos durante horas a fio ao sabor do calor e do impiedoso Sol cubano sem mexerem um milímetro até se tornarem personagens principais em séries de fotografias que inundaram os meios de comunicação em que os prisioneiros são presenteados com a urina e o gozo alegre dos marines norte-americanos, ou "embaixadores da Democracia" como são chamados tantas vezes.


Este foi também um dos temas da campanha Presidencial Norte Americana, com o actual Presidente Obama a considerar e a colocar o encerramento da Base de Guantanamo como uma prioridade caso fosse eleito, mas é agora noticiado nos meios de comunicação internacional que o encerramento da Base foi esquecido como moeda de troca ao apoio Republicano na reforma da Saúde e planeia-se ainda abertura de uma Prisão de Alta Segurança no Illinois para permitir o descongestionamento de Guantanamo, que assim continuará a funcionar em pleno.


Consideramo-nos perfeitos. Consideramo-nos os pioneiros a garantir que a Vida é protegida e respeitada com dignidade. Chegamos a considerar-nos os guardiões morais da Democracia e do Estado de Direito e os libertadores dos povos oprimidos que se multiplicam por esse mundo fora mas não somos mais, nada mais, que uma bela fachada de um prédio histórico de Lisboa, bonita e imponente, altiva e orgulhosa, mas a pequenos segundos de ruir, corroída na sua fundação e no interior e que ninguém vê. Perfeita até se desmoronar como um pequeno castelo de cartas.


Que cada um de nós se erga orgulhoso das conquistas que a Humanidade já alcançou no campo dos Direitos Sociais mas sedento pela sua defesa e consolidação, contra os Guantanamos e Al-Grahibs deste Mundo. Iguais por dentro e por fora!