sábado, 22 de maio de 2010

Lisboa, 17 de Maio de 2010

Portugal subiu mais um degrau a caminho da igualdade de direitos e liberdade de escolha. 
Sua Excelência o Sr. Presidente da República Aníbal Cavaco Silva...
- depois de receber uma proposta de lei que permitia o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo
- de ter solicitado uma apreciação desta proposta ao tribunal constitucional, por estar em dúvida a sua legalidade do ponto de vista constitucional 
- e depois do tribunal ter confirmado que nada desta proposta vai contra a constituição
... promulgou este diploma.
Pessoalmente acho que foi um grande passo para a liberdade e igualdade de direitos em Portugal.
Era notório no discurso do Sr. Presidente um profundo desagrado, mas sobretudo desconforto, perante tal decisão. Sua Excelência promulgou apenas para que o nosso parlamento não perca mais tempo a discutir novamente este assunto em vez de dar mais atenção a graves problemas que abalam o nosso país, lutando contra a pobreza e endividamento das famílias.
Fiquei desiludido com o nosso Sr. Presidente, defensor da liberdade e igualdade, não aceitar, pessoalmente, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, mas compreendo tal sentimento devido à grande influência da igreja católica na construção de valores da nossa sociedade. 
Tendo Portugal uma das constituições mais progressistas e menos discriminatórias do mundo, mesmo que esta já esteja desactualizada para muitos assuntos importantes, era impensável, no meu ponto de vista, que tal assunto pudesse passar ao lado na construção de uma sociedade mais tolerante. 
Como tal, orgulho-me desta lei ter sido promulgada, aceitando que Portugal dê um passo em frente no desenvolvimento da tolerância social.
Hugo Marques
(CCH - Línguas e Humanidades - 12º D)

1 comentário:

miguel carvalho disse...

Penso que, nos dias que correm este sentimento de desconforto perante o casamento entre pessoas do mesmo sexo está a alterar-se,principalmente nas geraçoes mais novas.Porém, é tempo de generalizar a tolerancia perante a diferença.
Aparentemente o Presidente da Republica, figura máxima do pais, que deveria ser o exemplo para os portugueses, demonstra uma certa dificuldade em aceitar a importancia desta promulgaçao.
Nesta "noticia" exposta pelo Hugo Marques, a Sua Excelência o Sr. Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, é salientado o facto de parecer que este foi "obrigado" a promulgar a lei, contudo nao havendo quaisquer impedimentos à promulgaçao da mesma, o nosso presidente nao teve outra opçao.O Presidente desvalorizou algo que nao só é de grande importancia para muitos portugueses, mas tambem é representativo da igualdade e tolerancia existente no nosso pais.
Este sentimento, aqui demostrado nao é só observado em Sua Excelência o Sr. Presidente da República, mas também em todo o sector centro-direita, da politica nacional, sector também com maiores referencias católicas.