terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Casamento e luta pela Adopção



Hoje em dia vivemos numa sociedade onde ser homossexual começa a ser mais vulgar, mas onde ainda não há aceitação por parte da população,que em crise, tem tendência para menosprezar as minorias como diz António Serzedelo,lider da Opus Gay, dando importância ás prioridades como a ecónomia.
Passando a dar agora a minha opinião acho que é incorrecto que assim sejam tomadas as decisões, pois grande parte dessas mesmas minorias estão incluidas nessas prioridades.
A sociedade não está minimamente preparada para aceitar a fuga ao casamento tradicional, onde homem e mulher trocam juras de amor, por vezes falsas, mas ainda assim juras de amor eterno. Se esses casais têm esse direito e se segundo a Constituição, somos todos iguais em direitos perante a lei, porque é que um casal homossexual não pode ter esse mesmo direito? E é por esses direitos que a Opus Gay luta diariamente, felicitando a moçao de José Socrates, acrescentando ainda assim que se exclua a adopção dessa mesma moção.
Os Homossexuais têm que lutar pelos seus direitos, porque eles assim os têm, mas com cautela e passo a passo pois a legislação do casamento Gay e a adopção ao mesmo tempo poderia ser contraprucedente. Há que lutar contra a homofobia;há que deixar que homossexuais troquem juras de amor; que adoptem uma criança e que lhe dêem todo o amor que esta precisa e necessita, pois voltando á constituição, segundo o Art. 36º" Todos têm direito de constituir familia". Parece que a sociedade não é de seguir Leis, o que é pena. Contudo os Homossexuais não devem NUNCA baixar os braços.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1074332

20 comentários:

Raquel disse...

Face ao clima de descontentamento da população em relação à situação económica e governativa (generalizando) que se encontra actualmente o nosso país, considero que seja absolutamente natural que não se dê tanta importância a assuntos deste carisma, visto que se possuirmos uma economia deficitária o país não conseguirá atingir o desenvolvimento económico pretendido e, como é evidente toda a população irá passar necessidades. Desta forma é necessária uma especial atenção para problemas desta ordem.
Porém, temos de ter também em conta o factor social, nos anos 80 era impensável que um cidadão, independentemente do seu sexo fosse homossexual, não existia sequer a ideia do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo e muito menos da adopção de uma criança.
Presentemente essa situação já não acontece, devido ao crescimento da mentalidade portuguesa, porém a ideia de homossexualidade, de casamento e de adopção não é vista de bom agrado por parte da população portuguesa.
A Constituição portuguesa refere que tem de existir necessariamente liberdade e igualdade entre todos os cidadãos, desta forma qualquer pessoa possui o direito de escolha, em relação à sua orientação sexual ou outro assunto do foro pessoal e, independentemente da sua opção não poderá ser discriminada.
Em relação ao casamento pelo estado civil não vejo a razão pela qual não poderá ser realizado, o importante é a união dos cônjuges seja qual for o seu sexo. Só visiono uma impossibilidade de casamento se for pela igreja, na medida em que existem dogmas que não poderão ser destruídos, pois são estes que definem a religião católica, por exemplo.

Raquel

Anónimo disse...

Actualmente, a homossexualidade começa a ter expressão na sociedade, pois existe uma maior liberdade e evolução na mentalidade dos portugueses, contudo, a sociedade é ainda bastante conservadora e não se sente preparada para aceitar a união de pessoas, do mesmo sexo.
Todavia a família, tida como alicerce de uma sociedade organizada, vem sofrendo alterações desde à muito tempo.

É de louvar a iniciativa do governo em querer legalizar o casamento homossexual, numa altura em que Portugal atravessa,uma difícil conjuntura económica.
Esta legalização , é um passo importante em direcção a uma maior abertura de mentalidades e tal como a Constituição refere, todos temos direito à igualdade e à individualidade, não sendo por isso discriminados e/ou julgados.

Face à crescente pressão dos homossexuais, para o reconhecimento do seu comportamento como uma opção sexual, equiparável sócio-culturalmente à heterossexualidade, a sua aceitação e compreensão por parte da sociedade.

Verifica-se que, os obstáculos à união entre homossexuais têm origens religiosas, já que o casamento visa, segundo a igreja, a procriação. Concluí-se que a união de pessoas do mesmo sexo não é natural.

Contudo, apesar de quaisquer obstáculos, não vejo porque não ,as pessoas do mesmo sexo não se possam casar, o Amor deveria ser posto acima de qualquer lei ou preconceito.


Inês Almeida

João Antunes disse...

Não considero que esta seja no contexto social, económico e político que se vive no nosso país a questão mais pertinente a abordar de momento. O tema já faz parte da actualidade há alguns anos, e acho que os últimos meses nem têm sido de particular destaque para a homossexualidade.

Com a evolução das sociedades e a abolição da mentalidade conservadora e católica, parece-me natural o facto de vermos cada vez mais pessoas do mesmo sexo a exprimir o seu amor de forma livre e pública. Se é correcto ou não, não me cabe a mim dizer, pois como cidadão de um país livre que sou, não tenho na minha opinião de fazer mais se não aceitar as decisões de cada qual, desde que não interfiram comigo, com o meu bem-estar e com a minha liberdade, e tenho muita pena meninos e meninas mais conservadores (ou simplesmente "gozões", machistas e feministas) mas nunca a expressão do amor por duas pessoas pode ser considerado uma afronta ao nosso bem-estar, simplesmente porque quebra certos padrões. Nesse caso, também eu posso dizer que a internet devia ser banida, já que não me sinto bem agora a escrever este comentário neste local e através de um computador e respectivo teclado.

O casamento e a adopção levam no entanto a questão a outro patamar, neste caso, o jurídico. Não estou totalmente de acordo com a opinião do meu colega Eduardo Sarmento, mas também não sou contra. Acho que realmente as minorias, especialmente quando fazem parte das prioridades, deveriam ser mais respeitadas e levar mais atenção, mas talvez não num momento como este. Eu sou como já devem ter percebido, de certa forma, a favor do casamento homossexual. Num mundo livre e de igualdade, não me passa pela cabeça que alguém não tenha direito a ser reconhecido como casado simplesmente porque o seu parceiro é do mesmo sexo, após a sociedade actual ter quebrado tantos costumes. Por outro lado, sou da opinião que a comunidade homossexual deveria esperar pacientemente, conquistando passo a passo este direito que devia ser deles há já muito tempo. Deixo a pergunta: será que o reconhecimento escrito é algo assim tão importante para a construção de uma vida a dois que se deva perder tanto tempo com isso e de forma tão exaustiva?

Falando um pouco da adopção, trata-se na minha opinião de um assunto mais delicado. Infelizmente, é verdade que se hoje já se vê muitos casais homossexuais nas ruas, não me parece que esse seja ainda o ambiente indicado para se criar um filho. É necessário um grande sentido de responsabilidade, e mesmo assim é uma tarefa quase impossível criar essa criança sem que ela sofra de certos problemas na escola, e mesmo em casa. Imaginem-se com 5, 6 anos, sempre cheios de festas daquelas que duram a tarde toda, cheias de brinquedos e miudos a correr de um lado para o outro, e "papas" e "mamãs" de olho sempre atento. Agora imaginem chegarem a casa, e tem "papá" e "papá" ou "mamã" e "mamã" à vossa espera? Como disse, este é mesmo um assunto muito delicado, e não é fácil a sua abordagem.

João Antunes

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Antes de mais, sem entrar em grandes formalidades, fazer referência a leis que visam os direitos do Homem, e baseando-me apenas na base existencialista da questão que, na minha opinião, mais do que tudo, acho que é mais importante questionarmos primeiro a nós próprios o que é a liberdade?
Sim, a liberdade.
Liberdade a meu ver é olhar, ouvir, cheirar, tocar o mundo como nós queremos, sem barreiras, desde que tal não afecte a integridade ou espaço de outrem, estou certo?
Posto isto, a questão perdura, se liberdade é tudo isso, pergunto-me em que aspecto é que a Homossexualidade ou, neste caso, a União de facto, nem é preciso chegarmos tão longe, basta pensarmos numa troca de afecto, num beijo, num sorriso mais cúmplice, é estupidamente discriminado, quando esse laço, laço este diferente, fora do 'normal', diz-se, não vai ter qualquer implicância no outro, no dito 'normal', o paradigma da nossa sociedade. Pergunto-me outra vez, não estou certo?
Costumo pensar que as pessoas frustradas são aquelas que apontam primeiro o dedo e espezinham, maldizem e fazem sofrer... e para quê? Não têm as pessoas sejam elas gay, lésbicas, transexuais, bissexuais direito à diferença?
Choca-me em pleno século XXI, existirem jovens da minha idade, como reporta o Público desta semana, onde estes mesmo andam a fazer uma petição junto às Igrejas, de forma a reunieram o maior número possível de Nãos... Sinceramente, custa-me entender como é que um indivíduo social tem o direito de julgar, dar opinião sobre algo que nada tem a ver com a sua pessoa e resumindo-o num não.
Para finalizar, há quem esteja reticente, o que é perfeitamente normal, ao facto de um casal gay vir a poder adoptar uma criança, até há quem pense que se o casal for gay, o filho/a será gay... Mas será isto tão literal? Então de onde vieram os gays? Não são os gays filhos de um pai e uma mãe, heterossexuais? Acho que a resposta fica no ar e é fácil de apanhar.
Agora, é um facto que um casal gay terá influência no crescimento da criança, nos seus ideais, mas a Homossexualidade não é uma questão de educação, é uma questão intrínseca, isto é, a pessoa sente-o e é-o.

Pedro Rosas

Inês Francisco Jacob disse...

Permitam-me, mas não resisti.
Introduzo o meu comentário com uma fracção de uma canção, 'O que será, (à flor da terra)', de Chico Buarque.

«O que será, que será?
Que vive nas ideias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...
Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...»

Inês Francisco Jacob disse...

O Amor, aqui, e acolá, não é discutível. O Amor é de cada um, e torna-se colectivo, mas o seu esboço diz respeito a um só ser, individualmente. E todos os seres o moldam como o desejam. No entanto, é necessário construir uma saudável distinção entre os vários conceitos. O Amor não deve empatar, e não deve pisar a Política. Se há algo do género, é porque as ideias estão trocadas.

Sim, atravessamos tempos difíceis, é verdade. A nossa Sociedade, a economia da mesma, entre outras áreas, têm vindo a sofrer mutações bruscas, na maior parte das vezes, os casos são mesmo de cariz negativa. Penso que o que devemos fazer, nós, população, cidadãos, jovens e humanos de qualquer classe etária, ao invés de discutir a relevância, ou não, desta situação, devemos, por sua vez, lançar forças para (re)elevar o nosso estado de coisas, e, consequentemente o mesmo estado do nosso Estado. Não quero com isto menosprezar este facto. Eu concordo e entendo em absoluto que os casais homossexuais queiram tomar um papel de peso no contexto actual, e que queiram, igualmente, sentir que beneficiam dos mesmos Direitos que os casais heterossexuais, pois na verdade, esta escolha, tão importante e séria, não invalida, ou pelo menos não devia, o estatuto e a condição de uma pessoa, bem como a sua importância e integridade humana.
Devemos evitar situações desagradáveis, ou seja, alertar a população para a existência abundante de intolerância, de desrespeito, de ignorância completa. Os homossexuais, e outras pessoas em semelhantes condições, como os transsexuais, por exemplo, a larga maioria, sente o ultraje à flor da pele. Portanto, coloque-se um entrave na ordem de preferências, não se esqueça esta situação, em concreto, e continuemos alerta.
A homossexualidade deve ser tratada com sensibilidade e bom-senso. Nada de ânimos leves e falinhas mansas. Com rodeios, os problemas circulam-se, mas não são travados.
Quanto a aceitar os casamentos/adopções da parte de casais homossexuais, a Sociedade tem ainda de crescer um pouco. Já vivenciámos tanto e tanta mudança! Eu sei. Mas também observo as pessoas. E sei que existe ainda um forte nível de tabu e preconceito.

Portanto, não esqueçamos este tema. Saibamos é dar, também, a devida atenção a outros pontos. A todos os pontos.
Ah! E a paciência é uma virtude, grande.

Aguardemos... (Embora não de braços cruzados)...

Inês Francisco Jacob disse...

Ah! E queria, também, deixar aqui, bem expresso, que não podia estar mais de acordo com o João Antunes, aquando da sua citação:

«Se é correcto ou não, não me cabe a mim dizer, pois como cidadão de um país livre que sou, não tenho na minha opinião de fazer mais se não aceitar as decisões de cada qual, desde que não interfiram comigo, com o meu bem-estar e com a minha liberdade, e tenho muita pena meninos e meninas mais conservadores (ou simplesmente "gozões", machistas e feministas) mas nunca a expressão do amor por duas pessoas pode ser considerado uma afronta ao nosso bem-estar, simplesmente porque quebra certos padrões.»

É nesta ideia que temos de nos basear, antes de abrirmos os lábios para as ofensas/comentários despropositados ou para frases/acções ditas/praticadas sem sentido.

glau disse...

Penso que Portugal, ainda é um país que preserva certos ideais católicos e portanto acho que a sociedade portuguesa ainda não está preparada para uma mudança tão radical. O casamento é a união de duas pessoas de sexo oposto e não um simples contrato que tem data para expirar. Na minha mais humilde opinião, penso que se o propósito de Deus fosse que duas pessoas do mesmo sexo multiplicassen a terra então, Ele só se daria ao trabalho de criar uma especie de humanidade, ou só homens ou só mulheres. Uma criança que viva com 2 pessoas do mesmo sexo, se nao tiver uma figura do sexo oposto, claramente sentir-se-á discriminada ,claro que o amor pode ser igual ou maior do que quando há pais heterossexuais, mas ainda assim...Huhumm! É certo que muitas crianças estão abandonadas e precisam de um lar, o problema é a criança talvez não perceber o que se passa à sua volta e uma possível falta de auto-confiança futura.Não discrimino, respeito essa opção de vida, mas no entanto levantar este assunto nesta altura de crise...é imprudente! Há que ver as coisas pela ordem de urgência. O país esta a passar por uma fase muito complicada, há muitos desempregados, e a miséria entre os desfavorecidos aumenta! É certo que a sociedade tem que evoluir mas tambem é certo que a base de uma sociedade, de uma familia, e de tudo, se um dia essa base tremer ou mesmo cair, todo o resto desaba também. Já que vivemos em plena globalização, pessoas entram e saiem com culturas, pensamentos, costumes diferentes aos de Portugal, é mais que óbvio que daqui a sensivelmente 10,15 anos esta questão estará como o divórcio hoje, simplesmente BANAL. Portanto, casais gays e lésbicas, atentem agora para a economia, porque se o Governo põe esta questão que afecta uma minoria da sociedade à frente do problema( economia de portugal)que afecta a esmagadora maioria populacional,chega-se ao vosso sucesso, mas e depois?! Pessoas com fome, crianças a morrer, desempregados a viver na rua com a familia...!Por enquanto, a prioridade é de facto a economia pois ela é que lhes dará dinheiro para sustentar as crianças adoptadas. Há que pensar! Mais uma vez digo, eu não discrimino, até porque não tenho nada a ver com essa opção de vida nem me cabe a mim julgar, por isso, respeito. Primeiro o bem geral e depois logo se vê...

Anónimo disse...

sandra ...
Será que a "velha Europa", berço
da nossa dita civilização ocidental, está prestes a perder o juízo de novo?
Mais do que a afirmação de uma ideologia estão em marcha politicas, visando a perseguição a grupos étnicos minoritários em Italia. Estou a espera de uma reacção de algum país contra o que se tem vindo a passar em Itália, Em pleno seculo XXI sera possivel e imaginavael que a "Europa Antiga" retorne?

Anónimo disse...

Sandra..

Neste momento a sociedade homossexual pretende que também lhe seja concedido o direito de casar, obtendo desse modo os mesmos benefícios que são concedidos a um Casal heterossexual.
Não sendo contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo penso que o problema maior é o que vem a seguir, a adpção.
Se o problema se colocasse unicamente ao ponto do casamento creio que a resposta deveria ser positiva, indo no sentido de lhes serem concedidos os mesmos direitos.o problema que me parece surgir é o da possibilidade de posteriormente virem a ser reivindicados outros direitos, como por exemplo o da adopção.
Isto porque no casamento trata se de duas pessoas, ao passo que na adopção já se tratam de terceiros que podem sair prejudicados com direitos concedidos a outros.
Certamente que esta minha opinião pode ser refutada com a possibilidade de que hoje em dia um casal homossexual pode já conseguir adoptar, fazendo uso da adopção só por uma pessoa. No fundo sendo só uma pessoa que legalmente adopta, na prática serão duas pessoas a fazê-lo.
Mas juridicamente não é a mesma coisa. Trata se de duas pessoas do mesmo sexo formalmente poderem adoptar uma criança.
Penso que socialmente esta adopção acabaria sempre por trazer problemas à criança que seria adoptada. E esta criança não pode ser esquecida.
Isto porque a nossa sociedade ainda se encontra num patamar em que é difícil para uma criança perceber que tanto “pai” e “mãe” são pessoas do mesmo sexo. Por isso na minha opiniao casamento entre homossexuais? Sim. Adopção de crianças por casais homossexuais? É um caso a ponderar e exige uma intensiva reflexão.

Anónimo disse...

Luciene:
O casamento não é um problema só. Traz consigo outro tipo de consequências e problemas que têm que ser levantados.
É ponto assente que a homossexualidade é um “problema” dos nossos dias. Os casais estão perfeitamente inseridos na nossa sociedade, podendo inclusivamente recorrer a uma União de facto para fazer valer os seus direitos enquanto casal.
Penso que o direito de pessoas do mesmo sexo celebrarem um contrato de união, dentro de um quadro legal que estabeleça direitos e deveres, semelhante ao contrato de casamento entre homem mulher, não legitima que se use a designação de casamento. Existe uma petição... Se o contrato entre pessoas do mesmo sexo não fosse diferente do casamento não necessitaria de legislação específica; é tão simples quanto isso.Tirando a questão da legalidade, acho que na adopção se deve tentar ter em conta o actor principal a criança. A discussão não é se um casal homossexual pode adoptar, mas sim se uma criança está em condições de ser adoptada por um casal homossexual? Já alguém imaginou como seria o dia a dia, não por falta de amor familiar, mas o dia a dia de confronto e de luta que muitos adultos não suportam (e se escondem) que se está a destinar a uma criança?
Quando se queixam de tantas discriminações e de tanta perseguição e agora querem adoptar, aquilo que vão conseguir é arrastar uma criança para uma guerra que eles não escolheram nem disseram que queriam participar

Anónimo disse...

Fernando:
Tal como alguns dos meus colegas já referiram, este não é o tema que neste momento causa maior preocupação aos portugues. Existem problemas de uma relevância muito mais extrema que este, mas no entanto, não deixa de ser um problema.
É verdade que todos têm o direito à liberdade e à igualdade, mas existem certas contradições em relação a isso, certos principios mesmo, ou seja, os ideais católicos. Apesar de toda a contestação que visa a maioria do povo português em relação a este assunto, eu não vejo nenhum entrave à consumação do casamento, mas pelo estado civil, uma vez que todos têm o direito à liberdade e à igualdade e a fazerem delas o que quiserem.
Os homossexuais podem continuar a combater pelo direito ao casamento, mas na minha mais sincera opinião, não passará de uma luta desleal, pois têm que enfrentar os que são contra e sobretudo, os ideias católicos e a poderosa Bíblia Sagrada.
Por último, em relação à adopção por parte de um casal homossexual, apesar de não ser contra o casamento pelo estado civil, sou totalmente contra isto. Como poderá uma criança crescer sem a presença de uma mãe ?! Como iria a crinça (sobre)viver com tanta contestação ?! Na minha opinião é algo completamente impensável.

Patricia Marques disse...

Patricia Marques

Nos dias que decorrem como podemos verificar é dada mais importância a assuntos como a economia,isto porém também se deve ao facto do período de instabilidade económico que atravessamos.
Mas não devemos esquecer também os assuntos que agora menos são destacados ,e que para certas pessoas é neste momento um enorme problema nas suas vidas.
A divergência de opiniões por parte dos cidadãos sobre a homossexualidade não é só de agora,pois já era evidente nos anos 80 que era criticado a relação entre individuos do mesmo sexo.
Com o passar dos tempos esta ideia têm se vindo alterar uns acabam por aceitar,outros nem por isso,talvez o papel da igreja também influencie um pouco os ideais dessas mesmas pessoas.
E agora eu pergunto-me será que é um crime tão grande que duas pessoas do mesmo sexo se juntem?Porque será que pessoas do mesmo sexo podem ter direitos ,que os homossexuais não podem possuir por ter outra orientação sexual?
Perguntas essas que podem ter várias respostas dependendo da opinião de cada um de nós perante este assunto.
Eu acho que os homossexuais continuam a ser ainda muito discriminados ,e é "absurdo" que duas pessoas sejam criticadas por amarem e ser amadas por pessoas do seu sexo.
Com isto onde está a ser aplicada a lei onde na Constituição no Art.36º está especificada que todos têm direito de constituir família ?
Pois não está.
Os homossexuais não podem casar nem adoptar uma criança,ou seja, não podem constituir a sua própria família que tanto desejariam de ter e que não lhes concedem esse mesmo direito que muitos de nós beneficia .
Não digo que ao ínicio a criança não achasse estranho ter duas pessoas do mesmo sexo a destacarem-se como seus pais,mas será que já pensaram que são essas mesmas crianças que estão fechadas em instituições á espera que alguém as adopte , e que tenham acesso a tudo que desconhecem até ali.
Essas crianças necessitam de amor,carinho,não digo que não tenham nesses mesmos sítios, mas é completamente diferente o aconchego de um lar.
Assim sendo não entendo porque não dão esse direito ás pessoas com orientação sexual diferente .
Não é por terem uma orientação sexual que vão maltratar estas crianças ou não dar o amor e carinho que elas tanto merecem após terem passado por muitas dificuldades na sua vida tanto a nível de perdas de familiares como o abandono...
Enfim para finalizar a nossa sociedade onde estamos inseridos têm que mudar ou tentar aceitar uma nova mentalidade sobre vários assuntos,neste caso a homossexualidade,o casamento gay e adopção por parte destes,e deixar assim que eles possam ser felizes ao constituir a família que tanto desejam e ajudar crianças necessitadas que tanto esperam que uma família as adopte.

Edward disse...

Bem, sei que não é muito próprio que eu comente aqui na minha noticia, mas tenho uma palavra a dizer quanto aos comentários dos meus colegas.È certo que as crianças se sentirão discriminadas pela sociedade por terem pais do mesmo sexo, mas o problema não esta só ai. Está tambem, como disse o James no facto de um casal Homossexual poder influenciar a orientação sexual das crianças. Está errado. Muitos podem discordar, mas esta é a minha opinião. Uma escolha feita por um casal, de nada influencia a decisão sexual de uma criança, pois os homossexuais derivam de relacionamentos heterossexuais, e essa escolha, feita pelo individuo nada teve a ver com a educação dada nem muito menos pelo facto de os pais serem heterossexuais. A homossexualidade deriva de um casal hetero. Não percebo o facto de a sociedade pensar que um casal homossexual pode influenciar na decisão de uma criança. Pode confundi-la sim, mas cabe á criança saber o que realmente sente e não se seguir pelos padrões sexuais dos progenitores.

Anónimo disse...

lembro-me, na primeira vez que tive uma aula de Filosofia (do meu segundo 10º ano), da professora nos perguntar quais eram os nossos preconceitos e, entre as tantas coisas que disse, a primeira palavra foi "homofóbicos" e, até hoje, essa palavra consta no meu "dicionário de preconceitos".

não consigo compreender como, em sociedades tão desenvolvidas, ainda se ponha em causa a LIBERDADE e IGUALDADE de alguns cidadãos, questionando-me aqui, se devo usar o quantificador "alguns" e não "todos". no meu entender, quando se põe em causa a liberdade de uns, está-se a pôr a de todos. a liberdade de escolha, a liberdade de opção, tem de existir, faz parte de nós. é verdade, as sociedades evoluem, cada uma com o seu tempo. não se pode "impingir" uma ideia, um conceito, um pensamento para uma sociedade sem pensar nas consequências do mesmo. mas aqui, que consequências más é que haverão? é uma maldade ver mais pessoa felizes? mais pessoas com liberdade para agir de acordo com as suas opções? mais pessoas a poder amar sem tabus? desculpem-me, mas não. não é justo o amor, nem as provas do mesmo, ficarem limitados por arcaísmos.

Olena disse...

Bem, este é claramente um tema sobre o qual já muito se falou. A população está dividida. Normal. Atrevo-me a dizer que até o considero bastante óbvio.
Estamos perante um acontecimento não muito recente, no entanto só agora é que esta situação começou a ganhar mais relevância e mais peso. Vejamos na antiguidade: Alcibíades (450-404 a.C.), chefe ateniense na Guerra do Peloponeso. De acordo com Platão, Alcibíades demonstrou interesse por Sócrates, que era seu instrutor. Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) - um dos maiores comandantes militares da história, teria sido amante do general macedónio Heféstion. Júlio César (100-44 a.C.) - líder militar e político de Roma. Na biografia feita por Suetónio, Júlio César foi definido como “o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens”. Há quem até afirme que na Antiguidade não se dava tanta importância a este assunto uma vez que o amor entre pessoas do mesmo sexo era tão comum que o conceito de homossexualidade simplesmente não existia.
Bem, deixemos a História e passemos à análise das reacções que este assunto provoca nas pessoas hoje em dia. Tal como nas aulas, também aqui nos comentários e na própria notícia temos uma discussão à volta da importância deste assunto e a importância de outros temas económicos, nomeadamente a crise e a situação governativa do país. Aqui está a divisão. Será que este assunto tem a mesma importância que os assuntos relacionados com a débil situação económica vivida no país? Talvez sim, talvez não. Se este assunto ao longo dos últimos anos tem adquirido maior peso, sendo uma temática cada vez mais abordada talvez é altura certa. Talvez seja realmente importante.
Pessoalmente, sou claramente a favor do casamento homossexual, pois, e tal como já foi referido, este assunto coincide com um dos princípios mais básicos: a Liberdade. Sendo Portugal um país democrático que é, assente nos princípios de liberdade e igualdade não vejo qual o problema em duas pessoas assumirem um compromisso oficialmente, desde que tal não interfira com o bem-estar de outrem. E aqui, esbarramos com uma outra questão: a adopção dos casais homossexuais. Tendo em conta o envolvimento de uma outra pessoa esta revela ser uma questão bastante mais delicada pelo que necessita de uma abordagem mais cuidada. Não sei bem de que lado é que me posiciono, pois isto leva-me a pensar como é que será para uma criança ter “dois papás” ou “duas mamãs”. Terá essa criança um desenvolvimento psicológico normal ou será alvo de discriminações por parte dos restantes membros da sociedade. É um assunto delicado. Talvez num futuro próximo, se esta questão continuar a ganhar mais peso na sociedade, a adopção seja possível. No entanto, por hoje, não rejeito completamente a ideia mas também não sei se a aprovação seria a decisão mais acertada.