segunda-feira, 19 de abril de 2010

Portugal empresta 774 MILHÕES DE EUROS à Grécia


Este é um assunto que tem vindo a ser discutido pela nossa sociedade, que descontente acredita que Portugal se vai endividar para emprestar dinheiro à Grécia.
Já se diz pelas ruas que o Estado, como sempre, está a tirar dos bolsos dos portugueses, dinheiro para que a Grécia não entre em ruptura. Será que é verdade? Passaremos mesmo fome para ajudar um pais que se encontra na mesma situação que nós? As pessoas reclamam nas ruas dizendo” A nós vão-nos congelar os salários para aumentar o crescimento económico, mas depois andam a emprestar o dinheiro que nós descontamos para o Estado, para andarem a fornecer a Grécia”.
A verdade é que Portugal faz parte de um conjunto de paises que assinou um contrato, tendo os seus direitos e deveres e onde nesses deveres se propõe a ajudar, a apoiar um dos membros que se encontre em dificuldades, ou neste caso, em situação de crise. Se não o fizessemos, se nos recusassemos a apoiar uma sociedade que neste momento presisa de nós, seriamos “expulsos” deste conjunto de paises que formam a União Europeia. É isso que somos, e disto que fazemos parte. Se assim não acontecesse, deixariamos de beneficiar de direitos que hoje em dia temos, como pertencentes à União Europeia. Temos que pensar que um dia seremos nós a precisar dessa mesma ajuda, que pelo andar da carruagem, vem mais cedo do que se pensa. È verdade que a noticia não tem agradado a muita gente, mas Portugal vai beneficiar em muito com este empréstimo, devido às taxas de Juros que a Grécia terá que pagar pelos empréstimos realizados.
De acordo com a chave de repartição acordada, Portugal terá de emitir dívida pública para cobrir um empréstimo de até 774 milhões de euros a Atenas, reembolsado a uma taxa ligada à Euribor e que neste momento seria de 5%.
Eduardo Sarmento

1 comentário:

Olena disse...

As últimas aulas e as apresentações dos trabalhos têm vindo a levantar algumas questões e a evidenciar as diferentes perspectivas relativamente à inserção de Portugal na União Europeia. Hoje também tive a oportunidade de falar um pouco sobre os impactos da integração de Portugal na antiga C.E.E. Os diferentes trabalhos apresentam diferentes perspectivas.
Tal como esta notícia, alguns afirmam que a pertença à UE prejudica o país, pondo de certa forma um “cargo pesada” sobre os ombros do país na medida em que este responsabiliza-se a ajudar qualquer outro país integrante em caso de crise. Existe uma outra perspectiva ainda mais radical e, na minha opinião um pouco absurda, que afirma que Portugal corre o risco de se tornar parte de um país-continente federal.
As pessoas têm o hábito de falar das consequências negativas que sentem directamente “na pele” no entanto esquecendo-se muitas vezes dos benefícios que a integração na UE traz ao país. As pessoas habituam-se muito rapidamente as coisas positivas não lhes dando o devido valor limitando-se a criticar o que vêm de negativo. É óbvio que esta integração não poderia só trazer benefícios ao país deixando-o sem qualquer tipo de responsabilidade. A UE foi criada com o objectivo de estabelecer ligações de vários tipos entre os países do continente europeu evitando desta forma um terceiro conflito mundial. A base da União Europeia é a cooperação e entreajuda e não existe nem uma coisa nem outra se os países não forem dispostos a fazer sacrifícios e de abdicar de certas coisas. Portugal ao integrar na UE teve que assumir certas responsabilidades e ao ajudar a Grécia não fez mais do que a sua obrigação como membro da União Europeia.
Para além disto, o país tem a perfeita consciência que está à beira de um colapso económico tal como a Grécia. Estando numa situação semelhante o país e o governo tomou a decisão que, na minha opinião, está mais do que correcta, pois tal como diz a notícia “ Temos que pensar que um dia seremos nós a precisar dessa mesma ajuda, que pelo andar da carruagem, vem mais cedo do que se pensa.”
“ Nada é inocente na política “ foi uma das frases proferidas na aula de hoje. Este é um exemplo que demonstra perfeitamente a duplicidade do carácter que têm as decisões políticas. Por um lado Portugal está a respeitar os princípios estabelecidos na UE, por outro a ajuda nunca é inocente pois traz ao país um grande lucro a custo de uma tragédia num outro país.