Portugal subiu mais um degrau a caminho da igualdade de direitos e liberdade de escolha.
Sua Excelência o Sr. Presidente da República Aníbal Cavaco Silva...
- depois de receber uma proposta de lei que permitia o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo
- de ter solicitado uma apreciação desta proposta ao tribunal constitucional, por estar em dúvida a sua legalidade do ponto de vista constitucional
- e depois do tribunal ter confirmado que nada desta proposta vai contra a constituição
... promulgou este diploma.
Pessoalmente acho que foi um grande passo para a liberdade e igualdade de direitos em Portugal.
Era notório no discurso do Sr. Presidente um profundo desagrado, mas sobretudo desconforto, perante tal decisão. Sua Excelência promulgou apenas para que o nosso parlamento não perca mais tempo a discutir novamente este assunto em vez de dar mais atenção a graves problemas que abalam o nosso país, lutando contra a pobreza e endividamento das famílias.
Fiquei desiludido com o nosso Sr. Presidente, defensor da liberdade e igualdade, não aceitar, pessoalmente, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, mas compreendo tal sentimento devido à grande influência da igreja católica na construção de valores da nossa sociedade.
Tendo Portugal uma das constituições mais progressistas e menos discriminatórias do mundo, mesmo que esta já esteja desactualizada para muitos assuntos importantes, era impensável, no meu ponto de vista, que tal assunto pudesse passar ao lado na construção de uma sociedade mais tolerante.
Como tal, orgulho-me desta lei ter sido promulgada, aceitando que Portugal dê um passo em frente no desenvolvimento da tolerância social.
O presidente Soares da Costa(uma das empresas que lidera o consórcio que vai construir o troço de alta velocidade Poceirão-Caia)anunciou que o BPI vai alterar a decisão de seguir em frente com o financiamento do projecto, afirmando que “Antes da assinatura do contrato [do troço Poceirão-Caia], o BPI desinteressou-se”. Pedro Gonçalves,representante do presidente Soares da Costa disse aos jornalistas que o BPI “invocou a alteração das condições do mercado” para desistir de financiar o projeto. A saída do BPI do conjunto de bancos que estão a financiar o troço Poceirão-Caia foi avançada hoje pelo Jornal de Negócios
Em suma, com a saida do BPI( principal financiador do projecto TGV) o projecto não terá como outra opção o adiamento das obras até o reestabelecimento da economia nacional.
Sua Santidade Bento XVI dirigiu-se a Portugal numa viagem Apostólica no 10º aniversário da beatificação de Jacinta e Francisco Mato (Pastorinhos de Fátima), que decorreu desde o dia onze de Maio até ao dia catorze do corrente mês. Esta visita está a ser apreciada de forma entusiástica por muitos fiéis e crentes da igreja Católica Apostólica Romana, porém nem todos vêem a vinda de Bento XVI com um sentimento de Alegria.
No passado dia dez de Maio, o programa “ Sinais de Fogo” apresentou uma reportagemdenominada de “Papa €uros”, que expôs as consequências económicas que o país iria sofrer com esta visita.
O jornalista começou por divulgar e nomear os seguintes custos: 200.000€, no altar onde será celebrada a missa em Lisboa; 220.000€, na produção de pendões e telas gigantes, alusivas à chegada de Bento XVI; Revestimento de um microfone a folha de ouro para a bênção aos fieis que durará apenas 30s; 37.000.000€, na tolerância de ponto decretada para todo o país, com impacto no sector privado, resultando num total de 74.000.000€; 435.000€, atribuídos por parte do Governo à Câmara Municipal de Ourém para as obras de beneficiação de infra-estruturas urbanas em Fátima; Disponibilização de 330 pessoas da Marinha, com a finalidade de fiscalizarem o rio Tejo e o rio Douro, agentes das forças de Segurança Pública, 800 militares de GNR e ainda 320 indivíduos do INEM; 40.000 €, por hora de voo nos aviões cedidos pela Força Aérea e (valor não referido) do voo que se dirigiu a Roma expressamente para buscar o Papa Móvel. Tudo somado a viagem não custará menos de 75.000.000€, que comparado com os problemas económicos que o país está a atravessar será apenas “uma gota no Oceano”. No entanto, haverão motivos pelos quais se justifique despender este montante numa época de crise acentuada?
No fim da reportagem Miguel Sousa Tavares revelou a sua opinião e referiu que “ Não se percebe o interesse para o país da sua visita, o Papa sim tem interesse, pois atravessa um momento de pouco prestigio na imagem da igreja católica, devido aos casos de pedofilia. O Papa precisava de uma multidão mobilizada em nome da fé e, nada melhor que Fátima e Portugal, que tradicionalmente recebe bem toda a gente, de forma pacífica e não questiona os papas nem a igreja católica, pelo menos oficialmente. Noutro país do Ocidente Católico, neste momento a visita do Papa iria levar a graves e delicados problemas políticos que aqui não se colocam “.
No seguimento da intervenção de Miguel Sousa Tavares, relativamente à política, coloco uma questão: será que esta vinda revelou a Laicização do Estado? Tendo em conta que trabalhadores do sector privado tiveram de faltar ao emprego para poderem ficar com os filhos, visto que as escolas estiveram fechadas, acarretando a perda de um dia de salário ou de férias, sendo ou não estes cidadãos de fé; a capital esteve paralisada e existiam inúmeras restrições ao trânsito, não permitindo a livre circulação e, existiam ainda locais interditos; o Estado despendeu ainda cerca de 75.000.000€ e, há que realçar que a igreja não paga impostos.
Finalizo este post com uma análise ao ponto de vista moral, em que em pleno século XXI morrem cerca de 28.000 pessoas por dia à fome e, são gastos milhões em luxos, mesmo quando a própria igreja condena a ostentação de luxos e a opulência dos bens materiais em sermões que denunciam os males da sociedade de consumo.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
ACABOU-SE A FESTA, PÁ! Esta crónica devido aos últimos acontecimentos que tem afectado o nosso país centra-se nas opções políticas a na postura de todos nós que conduziu a esta situação, é assim que na primeira parte desta crónica Sousa Tavares, vai criticar a falta de consciência dos manifestantes do 1º de Maio que exigiam salários e pensões mais altas e ele afirma que desde 25 de Abril exigir foi a única coisa boa que fizemos bem. Em seguida eu acho que Sousa Tavares tem uma opinião muito curiosa porque ele vai defender as agências de Rating e a Alemanha caso esta não queira ajudar a Grécia ou Portugal. Ele afirma que a Alemanha agora é apelidada de insensível e porquê? Porque a Europa dos países endividados atribui-lhe um papel de salvadora e de locomotiva da Europa que tem que puxar e carregar todos os países assim mais mal comportados como nós. Em relação as agências de Rating que são agora apelidadas de “incendiárias” e acusada de alimentar a especulação contra nós. Quanto a isto ele pergunta que posição é que uma agência de notação poderia ter para com um país que passou a última década a crescer menos de 1% e a despesa do Estado a aumentar cinco vezes mais… eles só são incendiários quando há terreno para pôr a arder. Depois o final da crónica é ele a explicar porquê que não acredita na recuperação financeira do país: -Sousa Tavares dá o exemplo da ajuda á Madeira por parte do Governo, uma ajuda sem critérios e pouca objectiva de 1300 milhões de euros, para a grande felicidade de Alberto João Jardim; - Seguidamente critica a postura do Ministério de Cultura para com a iniciativa de Joe Berardo, já que o Estado deu-lhe toda a área do CCB para expor a sua colecção sem ele ter de pagar nada e o Estado compromete-se ainda a pagar meio milhão de euros para aumentar a colecção privada de Berardo e a parte dele e Estado permite que ele pague em GENERÓS! - O terceiro exemplo tem a ver com a nacionalização do autódromo do Algarve que faz com que Portugal seja o único país no mundo com dois autódromos sem nenhumas corridas. Parabéns a nós! E porquê que foi nacionalizado? Porque Armando Vara achou que só estava a dar prejuízo ao BCP, convence ao Governo, ou os seus amigos, de que aquilo só funcionava com o dinheiro público sem preocupações de retorno. Ele termina depois de dar estes exemplos que provam e infelizmente que os políticos em Portugal não defendem e ferem de morte o Estado Português! Já foram todos avisados, mudança de políticos é necessária.
Como debatemos na aula e volto aqui a lançar a questão, este discurso é um discurso de direita ou de esquerda? Alguém durante o debate disse: “ Não é um discurso de um homem de esquerda, nem de direita, é um discurso de um homem consciente” A meu ver o discurso de Aguiar Branco é um discurso brilhante e bem construído, que mostra perante o cinzentismo político presente na assembleia da república a alegria da vida e o renascer de uma nova esperança para o povo português. Nas comemorações do 25 de Abril de 2010, mostrou como um homem livre e sem preconceitos ideológicos pode transmitir uma mensagem notável nos 36 anos que levamos do 25 de Abril, Mensagem baseada e assente no humor e na inteligência política, citando figuras preeminentes da esquerda como Lenine, Rosa Luxemburgo e Sérgio Godinho para defender a revisão constitucional e o emagrecimento do estado que o PSD pretende, um discurso despedida de preconceitos em alternativa, aquela rotina velha dos esbatidos e gastos discurso do fanatismo político partidário, sempre recheado e patenteados preconceitos ideológicos ultrapassados. Sem dúvida alguma o discurso de Aguiar Branco em 2010 é para ficara na história do 25 de Abril, porque não há evolução da revolução sem inovação da constituição.