sexta-feira, 14 de maio de 2010
Como debatemos na aula e volto aqui a lançar a questão, este discurso é um discurso de direita ou de esquerda? Alguém durante o debate disse: “ Não é um discurso de um homem de esquerda, nem de direita, é um discurso de um homem consciente”
A meu ver o discurso de Aguiar Branco é um discurso brilhante e bem construído, que mostra perante o cinzentismo político presente na assembleia da república a alegria da vida e o renascer de uma nova esperança para o povo português. Nas comemorações do 25 de Abril de 2010, mostrou como um homem livre e sem preconceitos ideológicos pode transmitir uma mensagem notável nos 36 anos que levamos do 25 de Abril, Mensagem baseada e assente no humor e na inteligência política, citando figuras preeminentes da esquerda como Lenine, Rosa Luxemburgo e Sérgio Godinho para defender a revisão constitucional e o emagrecimento do estado que o PSD pretende, um discurso despedida de preconceitos em alternativa, aquela rotina velha dos esbatidos e gastos discurso do fanatismo político partidário, sempre recheado e patenteados preconceitos ideológicos ultrapassados. Sem dúvida alguma o discurso de Aguiar Branco em 2010 é para ficara na história do 25 de Abril, porque não há evolução da revolução sem inovação da constituição.
Ass: SANDRA TAVARES
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1 comentário:
Sem dúvidas que este discurso foi o “discurso do ano”! José Pedro Aguiar Branco provou ser um “provocador das consciências”, foi um discurso notável digno de um político barão é disto que já à muito tempo estávamos a espera de um político que seja capaz de ser autónomo nos seus pensamentos. Aguiar Branco faz um discurso contraditório, mas com um objectivo muito preciso a de alertar os políticos portugueses e não só, sobre os preconceitos ideológicos que ferem de morte o Estado Português e cegam os políticos.
É curioso que na maior parte das conferências que eu assisti na escola, foi sempre tocado num assunto, a revisão constitucional e neste discurso Aguiar Branco também fala na revisão constitucional, e diz “esta é a oportunidade de os partidos do eixo recentrarem na revisão constitucional, o texto fundador de um Estado”, (se não me engano foi isto que ele disse) pelos vistos o texto fundador de um Estado neste caso o português é “demasiado ideológico e pouco lógico”. A acção política na minha opinião tem que promover o bem-estar comum, o respeito mútuo e proporcionar a igualdade de oportunidades há todos, pois um estado que não consegue garantir pelo menos estes três princípios é um “estado racionário”, o oposto da liberdade - nas palavras de Aguiar Branco -, um estado retrógrado.
Ele tem uma atitude muito curiosa, ao citar: Lenine, Rosa Luxemburgo, Sérgio Godinho entre outros, penso que Aguiar Branco ao fazer isso mostra que independentemente de seguirmos uma ideologia, de querermos atingir um objectivo, ninguém é dono de nada e também foi claramente uma provocação. Por fim acho que a ideia que ele nos quer passar é que há momentos em que temos que por os nossos interesses pessoais, ideologias de lado e lutar por um bem maior que só conseguimos atingir com a união.
Luciene Varela
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